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Como responder a falsas acusações (Artigo 1 de 4)

  • Foto do escritor: Diana Luzio Alves
    Diana Luzio Alves
  • 14 de mar. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de abr. de 2019



Infelizmente é habitual as pessoas com doença de Alzheimer ou outro subtipo de demência acusarem pessoas próximas de roubo, maus-tratos ou outras coisas terríveis, em algum momento da doença.


Os casos de abuso existem, mas normalmente as acusações são completamente falsas e são causadas por delírios devido à demência. É importante lembrar-se que o seu idoso não está a dizer estas coisas de propósito para a magoar e que as lesões no seu cérebro fazem-no acreditar plenamente em coisas que não são reais.


No entanto, responder a falsas acusações com lógica e reflexão não funciona e, por essa razão, sugiro algumas respostas para acusações comuns feitas por pessoas com demência.


Este artigo é o 1.º de uma série de 4: roubo de dinheiro, roube de objetos, envenenamento e... ser mantido como prisioneiro.



Mas há algo que é comum às respostas para qualquer 1 destes 4 tipos de acusações...



- Evite raciocínios e explicações lógicas -



Para cada uma destas acusações não use a razão ou a lógica para explicar por que razão o que o sénior está a dizer não é verdade e não vale a pena tentar mostrar que está errado.


O que funciona melhor é validar e redirecionar ou distrair, ou seja, concentre-se em validar a emoção por trás das suas palavras. Deixe-o saber que você entende como eles se sentem e que você quer ajudar a resolver a situação. De seguida, resolva o problema, se possível, redirecione-o para outra atividade ou distraia-o com algo em que esteja interessado.


Partilho consigo um conjunto de respostas como ponto de partida para as suas próprias respostas criativas. Cada situação e cada pessoa com demência é diferente, por isso o cuidador é o melhor juiz para reconhecer que respostas terão maior probabilidade de funcionar.

Pode ser necessário experimentar várias formas até começar a ganhar o "jeito" da técnica de validação e redirecionamento, mas fica cada vez mais fácil com a prática.





"Roubou o meu dinheiro!"

Ter demência acarreta desistir do controle das suas próprias finanças. Essa perda de controle, combinada com paranoia ou delírios, pode levar a pessoa de quem cuida a pensar que outro está a roubar o seu dinheiro.


Respostas sugeridas:


“Oh não, não sabe do seu dinheiro? Entendo porque está chateado. Não se preocupe, vou ajudá-lo a procurar. Vamos começar a verificar nessa gaveta...”


“Oh não, há dinheiro em falta? Isso pode ser muito perturbador. Vamos verificar os seus extratos bancários para garantir que está lá tudo.”


“Oh não, parece que precisamos de investigar isso. Vamos para o banco amanhã quando estiver aberto para corrigir isso. Como o banco está fechado agora, vamos fazer uma atividade que você gosta.”



Como ajudá-lo a sentir-se mais no controlo:


Dê-lhe um livro (talão) de cheques (falso / antigo) para o ajudar a "rastrear" o seu dinheiro.


Deixe-o guardar numa carteira com uma pequena quantia de dinheiro real (algumas notas de euro / real) ou dinheiro falso de aparência realista.


Mantenha arquivos de extratos bancários muito antigos para que ele revise quando se sentir ansioso.


Deixe-o escrever em cheques para pagar contas (todos falsos / antigos) e depois destrua-os secretamente.



"Antes de você falar, ouça. Antes de agir, pense. Antes de criticar, conheça. E antes de desistir, tente." - William Arthur Ward


...Como sabe, adoro ouvir o que têm para me dizer.


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